Caboclas

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Cabocla Jurema


Ô juremê, ô Jurema
Suas flechas caíram serena Jurema
Dentro deste Congá
Saravá seu Sete Flechas
Que ele é o Rei das matas
Saravá essa Cabocla
Que é também dona das matas 


Onde está Jurema?
A Jurema onde está?
Está procurando os capangueiros
Que ainda estão na Juremá
Quem mandou chamar?
Em nome do Pai Oxalá?
Foi seu Oxóssi caçador
Que já baixou nesse congá
Salve todo povo da Jurema
Salve sua luz, seu jacutá
Levai todos os males de seus filhos
Deixando paz e amor
Na fé de Oxalá 


Que lindo capacete de penas
Que tem a Cabocla Jurema
Ele é tão lindo como a luz do sol 


Eu venho da mata virgem
Dá licença que eu venho saravá
Cabocla Jurema
E seus caboclos da mata virgem
Na fé de Oxalá
Jurema, é seu filho que te chama
Jurema, salve o povo da Umbanda

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Voou, voou meu passarinho azulão
Quem tá na pedra é Xangô
Afirma o ponto no chão
É a Cabocla Jurema
Com seu bodoque na mão 


Ô Jurema manda aqui
Manda ali, manda acolá
Olha o tombo da Jurema
No balanço que ela dá

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Jurema seu saiote é muito lindo
Seu capacete é azul
Como o brilha o diadema
Jurema ê ê
Jurema e ah
Jurema filha de Tupinambá
Ela sempre foi
E sempre será
Rainha lá das matas onde canta o sabiá

Ô Jurema, Jureminha
Rainha dos caçadores
Quando ela risca seu ponto na areia
Na linha das almas
Na linha de Nagô


A Jurema é muito linda
Com seu capacete de penas
Chama a Jurema, chama a Jurema
Chama a Jurema pra saudar filhos de pemba


A lua clareou as matas
Iluminando seu caminhar
Dona Jurema, dona Jurema
Linda Cabocla com cocar de penas
Mas ela vem, ela vem trabalhar
Com a permissão de papai Oxalá

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Que lindo capacete de penas
Que tem a Cabocla Jurema
É lindo e quem lhe deu foi Oxalá
Jurema, filha de Tupinambá
Jurema é a rainha das matas 


Na mata virgem os tambores falam de amores
E os caboclos se juntam para saudar
Uma cabocla toda enfeitada de flores
Na magia das cores faz aldeia cantar
Ô Jurema, Jurema, ô Jureminha
Jurema, ô Juremá
Nas terras de Santa Cruz
Eu aprendia a amar 


Nas matas da Jurema houve um tiroteio
Sua cabana Oxóssi abandonou
Ô Juremê, o Juremá
Seu Rei das matas mandou lhe chamar 


Jurema recebi o seu recado
Aqui estou atendendo ao seu chamado
És filha de Tupâ
Irmã de Oxalá
Rainha de Oxóssi na legião de Urubatão
Jacira, Jupira, Janaína e Iracema
São as falanges supremas
Da nossa Cabocla Jurema 


Se meu pai é Oxóssi eu quero ver balancear
Arreia, arreia capangueira da Jurema
Ô Jurema


Ela vem de longe, de longe
Sem imaginar
No capacete três penas
No braço uma cobra coral
Ela é a Jurema
Do meu Juremá
Cabocla primeira
Rainha do meu jacutá
O meu pai é Ganga
Minha mãe é Guinga
Eu também sou filho de Gangazumba
Lerê lerê, lerê lerê leah
O meu pai é neto
Filho da cobra coral 


Eu vi no alto da serra
A Cabocla Jurema dando seu brado de guerra
Kiô kiô
Dentro da mata o seu brado ecoou
Com o seu arco e sua flecha
E a sua lança de entalhar
Jurema dava o seu brado de guerra
Anunciando que iria caçar
Sete luas se passaram
Quando a Jurema voltou
Toda caça que ela trazia
Ao cacique entregou
E ele tão alegre
Cantou em seu louvor
Ôô Jurema, ôô Jurema
Linda caçadora bela cabocla de pena

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